quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um relato sobre a história do Fotojornalismo

Baseado no livro "Uma História Crítica do Fotojornalismo Ocidental" de Jorge Pedro Sousa

Em essência, a história do fotojornalismo é algo, por vezes, paradoxal quanto aos conceitos. Tensões e rupturas entre objetividade e subjetividade estão presentes a todo momento. Se em determinada época existia uma supervalorização da estética, em outras há a do valor notícia. Essas tensões se fazem presentes também nas interpretações.
O Fotojornalismo necessitou de processos de reprodução para se desenvolver e isso aconteceu ao logo do século XIX. Papel, lápis, caneta, pincel e tintas para desenhar se somaram a madeira, por exemplo, para criar gravuras. Em 1842, uma imagem veiculada em um jornal foi desenhada a partir de uma fotografia, porque ainda existiam preconceitos sobre a mídia fotográfica e questionamentos estereotipados sobre a sua importância para o impresso.
Nos EUA, a primeira fotografia de um acontecimento público foi realizada em 1844. A guerra americano-mexicana (1846-1848) foi a primeira em que os jornais enviaram correspondentes e a ter fotos veiculadas No ano de 1854, pela diminuição dos preços, começou a ser praticada a fotografia de retrato, que hoje é Mass Medium.

É no século XX, a partir da Primeira Guerra Mundial que o fotojornalismo começa a ter destaque. O conflito estimula grandes jornais, a exemplo do “The New York Times”, a ter a própria equipe de fotojornalistas. Em revistas como a “The Illustrated London News”, com a Primeira Guerra, a fotografia ganhou mais visibilidade, com várias primeiras páginas inclusive as primeiras com fotos do conflito.

Há um aumento considerável de pessoas optando por seguir a fotografia, com viés jornalístico. Os fotógrafos dessa época ficaram conhecidos como a geração de Solomon, nome vindo de Erich Solomon, um dos profissionais de maior destaque desse período. Por conta dele, o fotógrafo torna-se uma atividade profissional mais reconhecida e autoral.

Erich Solomon (1886-1944), criou a candid photography, fotografia não posada, sem protocolos, a mais natural possível, usada até hoje no fotojornalismo. Na década de 30, os fotógrafos Carl Mydans, Robert Capa, Heri Cartier Bressonv e Margaret Bourke-White foram os que mais se destacaram.

Henri Cartier Bresson (1908-2004) é considerado um dos mais importantes fotógrafos do século XX. Bresson define o momento que aperta o disparador como decisivo, criador do “momento decisivo”, o momento certo, que registra o verdadeiro sentido da foto.

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