Grupo: Ana Cláudia Laranjeira, Ana Elisa Freire, Andreane Carvalho, Andréa Neves, Maria Eugênia Bispo e Natália Freire.
GUERRA E PÓS-GUERRA
A partir do capítulo nove do livro de Jorge Pedro Souza, o autor conta a evolução do fotojornalismo durante a Segunda Guerra Mundial. Por causa da guerra, vários fotógrafos emigraram para os EUA. Além disso, com o advento da telefoto, em 1935, as fotos começaram a ser publicadas bem mais rápido, diretamente vinda das frentes de batalha. A cobertura foi problemática, já que ela foi utilizada com intuitos manipulatórios, desinformativos, contrainformativos e propagandísticos.Já no Pós- Guerra, quando a cortina de ferro é erguida na Europa, dividindo o mundo em dois, novas tendências surgem na fotografia. Outros pontos importantes relatados pelo autor são a expansão da imprensa cor-de rosa; das revistas eróticas de qualidade, que exploravam simultaneamente o desejo sexual e a promoção social; e as revistas de moda, decoração, eletrônica e fotográfica.
Em 1955, Edwad Steichen organiza a exposição itinerante ‘The Family of Man’, que reuniu dois milhões de fotografias, de 68 países diferentes, e apresentou ao público 503 delas. O tema: a vida do homem na superfície da terra, como um álbum de família. A intenção era mostrar que todos somos iguais. O suíço Robert Frank foi o primeiro fotógrafo europeu a receber a famosa bolsa Guggenheim de fotografia, e o resultado foi o fotolivro Les Américans (Os americanos). Os temas de suas fotos são aparentemente sem importância, mas não mostram idéias gerais e sim as particularidades e banalidades de cada situação fotografada.
A partir de meados da década de cinquenta surgem importantes agências fotográficas na França, passo importante para que a capital do fotojornalismo saísse de Nova Iorque para Paris. Entre elas, as agências Dalmas, Reporters Associés, Gamma, Sygma, Sipa, Viva e Vu. Os fotógrafos franceses que mais marcaram o fotojornalismo dos aos sessenta em diante foram Le Querrec, Caron e Depardon. Junto à grande evolução pela qual o mundo passa nos anos 70 o fotojornalismo acompanha a mudança, passando a capturar o acontecimento sensacional e a industrialização da atividade. Os EUA se envolvem na guerra do Vietnã e o fotojornalismo passa a ter um papel diferente de outros grandes conflitos, com menos censura e maior divulgação das imagens.
GUERRA DO VIETNÃ
Na guerra do Vietnã ficou bastante clara a derrota dos Estados Unidos, e foi uma período muito sangrento, e isso teve uma grande repercussão. Por isso, os veículos de comunicação estavam muito ‘em cima’ da guerra, principalmente a televisão, cada vez mostrando cenas de violência e sangue da guerra. Mas o que se notou foi que a fotografia durava muito mais sobre os acontecimentos e deixavam impressões muito mais profundas do que a televisão, pois a foto se podia ver a qualquer hora, analisar, refletir, e a as cenas da televisão passavam por alguns minutos, e podiam chocar ou não, já a foto tinha impacto maior e duração prolongada também. Isso gerou uma grande demanda de imagens, e consequentemente uma grande demanda de fotógrafos, principalmente freelancers. Tinham muitas fotos chocantes, mostrando as mortes, o sangue, mas para o autor do livro, Sousa, essas fotos também tinham caráter reflexivo: as pessoas começavam a questionar a respeito da guerra, se tinha necessidade tamanha violência, e quando iriam parar os números de mortes na guerra. Depois do Vietnã, os conflitos foram regra geral na fotografia.
A TERCEIRA REVOLUÇÃO DO FOTO JORNALISMO
A terceira revolução do fotojornalismo tem, como cenário os anos oitenta e noventa, que são marcados por vários conflitos armados. Ela está ligada a novas tentativas de controle sobre a atuação dos (foto)jornalistas. Esse desejo pelo controle tem inicio quando os militares perceberam a sensibilização do público através do que a mídia passava na guerra do Vietnam. Por isso, os militares adotam estratégias Censorias, onde as fotos assumiam um caráter ilustrativo. A Guerra do Golfo é marcada como um desrespeito ao trabalho do jornalista. Esses profissionais só tinham acesso a material banal, aos briefings militares. Eles não podiam fotografar os conflitos bélicos, as pessoas atingidas, a situação das cidades.
O ADVANCED PHOTO SYSTEM (APS)
Tentando atenuar o avanço da fotografia digital sobre a fotografia em suportes de prata, a Kodak, a Fuji, a Minolta, a Nikon e a Canon desenvolveram o APS, que se trata de uma nova geração de filmes, máquinas e acessórios, em janeiro de 1996. Uma banda magnética é lida automaticamente faz correções para melhorar a qualidade das fotos. Também facilita a leitura do fotógrafo. O APS não parece ser um sistema de eleição para o fotojornalismo. A maioria dos consumidores mudará para o sistema digita, o “sistema do futuro” e não para o APS, que parece ser um sistema intermediário e ainda reduz a implicação do fotógrafo no ato fotográfico.
CONCLUSÕES
Na conclusão, o autor chama a atenção para a importância do entendimento da história da fotografia e do fotojornalismo para compreensão do atual momento fotojornalístico, além de sua evolução e diretrizes. Entender a cultura das empresas e das editorias também é peça fundamental para compreender a performance da atividade. Algumas ações (pessoal, social, ideol'ogica e cultural) foram decisivas para permitir a fuga da rotina e de convenções dentro do fotojornalismo, embora esse ainda seja encarado como um espelho do real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário