sábado, 30 de maio de 2009

Resumo de “Uma História Crítica do Fotojornalismo Ocidental” (do cap. IX ao final)

Grupo: Clarissa Siqueira, Monalisa Brito, Mônica Gominho, Vanessa Cortez e Gilberto.

No momento em que o mundo presenciava as Grandes Guerras, um grupo ia além dessa presença, registrava os momentos que formaram esse acontecimento e indicavam a população como pensar diante desses fatos. A fotografia era mais que uma utilidade factual, ela propiciou que muitos “corajosos” para época fixassem esses fatos no pensamento das pessoas. Nesse período, a fotografia tinha limitações impostas pelos “donos” do poder, pois sabiam que fotografar era muito mais que enquadrar um momento e transpor para outros olhares. Era por isso que a liberdade que cabiam aos registros era isolada no objetivo de formatar na população mundial um pensamento bom e de acordo com as Guerras. Heroísmo, grandes aviões e os ditadores como bons feitores para os países, faziam parte da trajetória de fotografias desse tempo.

Com as guerras os recursos e as ideologias sobre a fotografia foram se mesclando, por meio da mistura dos povos devido às migrações. Assim, muitos nomes da fotografia foram revelados e outros consolidados, após esse tempo sangrento. Nomes como Cartier-,Bresson, Werner Bichof eEugene Smith fazem parte do processo de liberdade e novas idéias para a fotografia. Com o recurso já utilizado referente ao colorido das fotos, muitas áreas são desenvolvidas como a publicidade e os paparazzi, fio de utilidade que prolongou com o tempo. Surge o freelance e o fotodocumentarismo vai ganhando inovações nos olhares. As tendências presenciadas nas fotografias atuais recorrem dessa época, através do olhar da fotografia humanista, a de livre expressão e a foto como “verdade interior” do fotógrafo. O natural para o mundo de quem faz e do crescimento da fotografia está sendo inovar e experimentar sob os caminhos e idéias que propiciaram uma consolidação do meio e uma nova forma de perceber, olhar e registrar os momentos do mundo, dos lugares e, principalmente, das pessoas.

A Magnum

A criação da agência de fotografias Magnum foi um marco para o fotojornalismo. Em 1947, como uma cooperativa, os fotógrafos conseguiram pela primeira vez ter a propriedade dos negativos, o direito à assinatura do trabalho, do controle da edição de fotos e organização para trabalhar livremente em projetos paralelos.

The Family of Man

Exposição itinerante organizada por Edward Steichen que relançou o fotojornalismo, antes morto pela estética comercial dos anos 50. Essa iniciativa levou a fotografia abrir-se a novos temas da realidade social, como drogas ou prostituições. Fotos humanistas sobre a vida na terra.

1958: Frank e Lés Americans

Lés Americans é um fotolivro de Robert Frank. Considerado um dos livros de culto da fotografia no século XX o fotografo renuncia a objetividade do olhar e revoluciona ao transmitir significados não pré-estabelecidos. Frank é diferente, pois não se concentra em acontecimentos, ele organiza um ensaio que chegam ao limite de não ter em si um sentido que não seja apenas o que o observador queira dar. Enquadramentos? Besteira, ele era instintivo. Às vezes olhava pelo visor da máquina, outras vezes não.

A segunda revolução no fotojornalismo

A segunda revolução do fotojornalismo acontece a partir dos anos 60. A televisão é a novidade e as revistas, antes bastante consumidas, tornam-se um segundo plano na mídia internacional. E apenas no final dos anos 70 é que as revistas voltam ao gosto popular com grandes fotos coloridas e chamativas.
O uso das cores na fotografia vem influenciado pela TV. Rapidamente surge também o fotojornalismo industrial, que estabiliza nas empresas estereótipos, como o político, o empresário...

Com a criação das agências americanas faz com que os franceses reajam a combatam o domínio americano. Surgem cooperativas mundialmente conhecidas como a Associated Press e a Reuter. Ainda em Paris há o aumento do interesse dos estudos teóricos em fotografia e a criação de cursos superiores na área.

7. A FRANÇA E O FOTOJORNALISMO, DOS ANOS 50 AOS ANOS 70
Na década de 50 o surgimento de quatro agências na França (Europress, Apis, Reporters Associes e Dalmas) transferiu o centro do fotojornalismo, que antes era em Nova York, para Paris. Este foi um marco importante para descentralizar o fotojornalismo das agências.

No começo da década, as agências exigiam a adaptabilidade dos fotógrafos. Eles não escolhiam as fotos, não ficavam com os negativos, não tinham nenhum tipo de autonomia com o trabalho por eles realizado. Foi apenas com o surgimento da nova geração de Agências, a Gamma, Sygma e Sypa, que os fotógrafos começaram a ter certa autonomia, como respeito ao direito autoral e posse dos negativos.

8. GUERRA DO VIETNÃ

Segundo o autor, a fotografia teve um papel mais importante do que a TV na guerra do Vitnã, que foi um fato extremamente importante para a opinião do fotógrafo. Surgiu ai a foto-press, que significa justamente a opinião de um fotojornalista. Uma outra denominação e forma de fotografar que ficou em evidência foi o foto-choque. Retratava o sensacionalismo da guerra. A guerra teve alguns fotógrafos famosos, foram eles: Dom McCullin, Larry Burrows, Gilles Caron, Catherine Leroy ou Philip Jones Griffths.

9. ALGUNS FOTÓGRAFOS DA GUERRA FRIA

- Don McCullin Era um perfeccionista formal. Mostrava meticulosa e cruamente o horror.

• Philip Jones Griffiths: Autor do fotolivro Vietname Inc.. A foto mais famosa é a que prisioneiros são ligados uns aos outros por cordas no pescoço;
• Larry Burrows: É acusado de ter estragado o filme de Robert Capa, da Guerra da Normandia. Metódico e chegava a esboçar a foto que pretendia tirar, além de ter usado um termocolorímetro na cobertura da guerra.
• Koudelka: Fotografou o esmagamento da Primavera de Praga, sem recorrer a estética do horror.

• Lee Friedlander: Concentra-se nos espaços urbanos, porém, dar um ar de esquisito nas coisas que nos parecem simples. Tendo assim, o observador, a interpretar de um jeito particular.

• Susan Meiselas: Realizou na Nicarágua foto-reportagem cheia de ação que se diferencia pelo uso simbólico da cor. Realizou um trabalho com strippers durante três anos observando o comportamento das jovens mulheres.

• James Nachtwey: Partilha com Capa a proximidade da ação e o fato, sobretudo,de ser um fotografo de guerra. Não ligava muito para composição, a idéia era demonstrar a brutalidade dos conflitos.
• Yves – Guy Berges: Tornou-se conhecido quando fotografou a guerra da independência argelina. trabalhou na Gamma, Sygma, France-Soir e no Le Fígaro.

O conceito de documentalismo fotográfico na contemporaneidade é tão abrangente que permite a inclusão no gênero de uma grande multiplicidade de fotógrafos. O documentalismo atual retrata aspectos que vão desde o compromisso social de humanistas como Sebastião Salgado até o humor subjacente de Nick Waplington.

A terceira Revolução do Jornalismo

A terceira revolução do fotojornalismo tem por cenário, o ambiente conturbado dos anos oitenta e noventa. Expansão da democracia, multipolaridade, globalização, novas tecnologias, estética da velocidade. As relações do mundo e dentro do mundo se reconfiguram e trazem a tona novas possibilidades e discussões de redefinição de fronteiras éticas dentro do universo do fotojornalismo. A foto-choque perde lugar em privilégio do glamour, da foto-ilustração, do institucional.

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