Walter Firmo nasceu no Rio de Janeiro, em 1937. A paixão pela fotografia surgiu aos 8 anos, quando o pai pediu que ele o fotografasse com a mãe, durante um passeio em Recife, e avisou: “Não se esqueça de registrar as jangadas ao fundo e não corte as cabeças e os pés.” Desde o início, foi influenciado pela obra do documentarista e um dos mestres do fotojornalismo brasileiro José Medeiros e do repórter fotográfico francês Jean Manzon.
Formou-se em jornalismo e com 20 anos entrou no jornal carioca Última Hora, onde começou a fotografar. Ficou sete anos no jornal diário, cobrindo o factual, e foi para a revista Realidade, onde poderia produzir ensaios mais elaborados. Depois disso passou pelas revistas Manchete, Isto É e Veja, e pelo Jornal do Brasil. Recebeu o prêmio Esso de Jornalismo, em 1963, com a série Cem Dias na Amazônia de ninguém, e nove vezes o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon. Realizou trabalhos no ramo de publicidade e para a indústria fonográfica (gravadoras RCA e Odeon) como free-lancer. Fez capas de disco de artistas como Tim Maia, Djavan e Chico Buarque. Firmo foi o primeiro fotógrafo brasileiro a expor no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), com o conjunto de fotografias “Ensaio no Tempo” em comemoração aos 25 anos de carreira.
Entre os livros publicados estão Walter Firmo. Antologia Fotográfica, Paris parada sobre imagens e Rio de Janeiro Cores e Sentimentos. Em 1986 fundou o Instituto Nacional de Fotografia, da FUNARTE, do qual ficou afastado no período do governo Collor, em 1991, quando a fundação foi extinta, retornando com a posse de Itamar Franco. Desde 1992, Firmo ministra cursos de fotografia pelo país, como na Ímã Foto Galeria, em São Paulo, Techimage, em São Paulo e Belo Horizonte, Casa da Photographia, em Salvador, entre outras.
Movido pela criatividade e desejo de inovação, Walter Firmo é presença marcante no fotojornalismo brasileiro. Sua maneira de fotografar reinventa a realidade, por isso seus colegas dizem que ele é um cronista e não um repórter fotográfico.
Ele só trabalha com luz ambiente, sem flash. Segundo Firmo, a fotografia tem que ter a marca digital do olhar. O fotógrafo deve ter a preocupação de fazer a sua forma de pensar visualmente virar uma marca, deve criar sua própria linguagem. Não é à toa que Walter Firmo se autodefine 'engenheiro da imagem'.
Atualmente, Firmo ministra cursos de fotografia no Rio de Janeiro e em São Paulo e até o dia 25 de maio, o Instituo Carrefour (SP) exibe, em comemoração ao ano da França no brasil, a mostra "Paris Parada sobre Imagens", com quinze fotografias realizadas por Firmo ao longo de vinte anos.
“A fotografia me encanta, é a minha sedução de vida e a forma de comunicar que me faz feliz.”
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