Robert Doisneau

Robert Doisneau nasceu em 1912 na cidade de Gentilly, na França. estudou Artes Gráficas na escola Estienne e obteve seu diploma de grafista e litógrafo em 1929. Um ano mais tarde, ele conseguiu entrar no Atelier Ullmann como fotógrafo publicitário. Em 1931 ele se tornou funcionário de Andrá Vigneau, onde ele descobriu a Nova Objetividade fotográfica.

Foi em 1932 que ele vendeu sua primeira reportagem fotográfica, para o jornal Excelsior. Em 1934 Renault de Boulogne-Billancourt encarrega-o como fotógrafo industrial, mas como Robert Doisneau era muito ausente, foi demitido 5 anos mais tarde, em 1939. Desorganizado, sem emprego, ele tenta virar fotógrafo ilustrador independente.
 
Robert Doisneau encontra, durante a segunda guerra mundial, Charles rado, o fundador da agência Rapho. É assim que Doisneau se torna fotógrafo independente, integrando, em 1946, a agência de fotografia Rapho, da qual ele não sairia mais. Ele se dedica, então, a produzir e realizar numerosas reportagens fotográficas sobre sujeitos bem diferentes: a atualidade parisiense, a Paris popular, os sujeitos interioranos ou estrangeiros (União Soviética, Estados Unidos, Iugoslávia, etc. Algumas dessas reportagens apareceram em revistas como a Life, Paris Match, Réalités, Point de Vue, Regards, dentre outras.

Em 1947, ele encontra Robert Giraud, no Antiquário Romi, e é assim que começa uma longa amizade e uma próspera colaboração. Doisneau publicaria aproximadamente trinta álbuns sobre os subúrbios de Paris, com os textos de Blaise Cendrars, em 1949. Ele trabalha um tempo para a Vogue, de 1949 até 1952.

Seu trabalho de fotógrafo foi recompensado com diversos prêmios: Prêmio Kodak, em 1947, o Prêmio Niepce, em 1956. Em 1960, Doisneau monta uma exposição no Museu de Arte Contemporânea de Chicago. Ele recebe ainda mais alguns prêmios por seu trabalho, o Grande Prêmio Nacional de Fotografia, em 1983, e o Prêmio Balzac, em 1986.
 
Seu trabalho o fez conhecido e admirado na sociedade francesa, que nutria por ele um carinho especial, por seu modo simples de ser, proveniente de sua origem humilde.
 
Ficou conhecido mundialmente com a foto intitulada "O beijo do Hotel de Ville", que retrata um casal se beijando na praça do prefeitura. Um dos raros originais de "O beijo" (1950), a célebre fotografia de Robert Doisneau que mostra um casal se beijando numa rua de Paris, foi comprado por 155 mil euros, que sobe para 184.960 euros quando somadas as despesas do leilão. A foto, de 18x24,6 centímetros, teve preço inicial entre 15 mil e 20 mil euros. O comprador de "O beijo" é "um colecionador suíço que não quis revelar sua identidade", pelo menos por enquanto, e que deu o lance por telefone.
 
Doisneau era requisitado por muitos artistas famosos para fazer-lhes as fotos. São famosas as fotografias tiradas de Pablo Picasso.

Em 1992, Doisneau faz uma retrospectiva para o Museu de Arte Moderna de Oxford. Essa foi sua última exposição, já que ele morreu em Montrouge, em abril de 1994. Foi enterrado em Raizeux, ao lado de sua esposa.